Monday, April 25, 2005



A POSSIBILIDADE



O mar era como uma entidade viva, algo saído daqueles filmes toscos de terror que via tardes da noite e lhe enchia o corpo e a alma de medo. Todos se divertiam no mar, com se a água e as ondas lhe fizessem carícias, como um casal a noite se diverte com as possibilidades do corpo e suas expansões.
E os sargaços do mar lhe davam nojo, a areia era um estorvo e uma possibilidade de fuga para dentro da criação e de si mesmo. Havia ela que com seus cabelos da cor do fogo que prometia como prometeu novas perícias e possibilidades de sorrir. Havia as possibilidades da areia também, a possível verdade que vem com a vontade que todos tem se ser si mesmo. Ensimesmados em serem outros, se esquecem de quem são: estorvos para o corpo e para a expansão.

Daniel barbosa, Alagoinhas, Abril de 2005





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