Sunday, April 18, 2004
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A poetisa Vládia Queiroz escreveu esses poemas inspirados em alguns quadros meus, que estão no meu blog só de pinturas (http://www.danielbarbosa.blogspot.com)
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FLOR ONÍRICA I
Ela se debruçara à primavera em pleno outono.
Ela que era a própria pétala dela,
caía macia sobre a terra.
Enquanto passeava o olhar em direção ao Sol
e os raios a penetravam
em seus sonhos Dalinianos,
gritava:
Salvem-me, enquanto ainda sou um girassol!
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Sim, sou criança.
O sorriso amarelo é de minha mãe, juro que escovei os dentes.
É que nasci assim, no meio da luz.
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Queima tua pele desprotegida
no véu das pétalas
Queima e se embriaga de vento
Só te resta essa paixão de troco
a ter nascido e agüentado sozinho e forte todas as tempestades.
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FLOR DE NÉON
É noite.
O Sol no alto da colina de vidro
desenha gotas coloridas no chão.
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DENTRO DA NOITE
—Quem está aí? Quem?! Eu quem? Diga! Diga de uma vez por todas!
(silencio)
(um soluço)
—Onde está a noite que não vem nunca?
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O MENINO E OS PEIXES
Eu matei um peixe.
Saí de dentro do aquário pra nunca mais voltar,
e pintei um poema!
Vládia Queiroz
uive para a Lua:
A poetisa Vládia Queiroz escreveu esses poemas inspirados em alguns quadros meus, que estão no meu blog só de pinturas (http://www.danielbarbosa.blogspot.com)
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FLOR ONÍRICA I
Ela se debruçara à primavera em pleno outono.
Ela que era a própria pétala dela,
caía macia sobre a terra.
Enquanto passeava o olhar em direção ao Sol
e os raios a penetravam
em seus sonhos Dalinianos,
gritava:
Salvem-me, enquanto ainda sou um girassol!
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Sim, sou criança.
O sorriso amarelo é de minha mãe, juro que escovei os dentes.
É que nasci assim, no meio da luz.
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Queima tua pele desprotegida
no véu das pétalas
Queima e se embriaga de vento
Só te resta essa paixão de troco
a ter nascido e agüentado sozinho e forte todas as tempestades.
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FLOR DE NÉON
É noite.
O Sol no alto da colina de vidro
desenha gotas coloridas no chão.
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DENTRO DA NOITE
—Quem está aí? Quem?! Eu quem? Diga! Diga de uma vez por todas!
(silencio)
(um soluço)
—Onde está a noite que não vem nunca?
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O MENINO E OS PEIXES
Eu matei um peixe.
Saí de dentro do aquário pra nunca mais voltar,
e pintei um poema!
Vládia Queiroz